quinta-feira, 30 de setembro de 2010

das coisas de mulher e da vida acadêmica

Hoje eu aprontei uma dessas coisas que só mulher faz. Dirigindo a caminho trabalho percebi que tinha um bicho dentro carro e fiquei de olho nele mas percebi logo depois que ele estava na minha cabeça (de verdade, não metafóricamente). O que a maluca fez? Parei o carro no meio da rua e fiquei batendo na cabeça e gritando. Coisa normal, de gente normal, né? :D

Essa semana na faculdade tivemos a Biofarma (Semana da Biomedicina e Farmácia) e foi tudo bem cansativo. Semana que vem vou fazer o Simpósio da SOCIT (Sociedade do Trauma) porque preciso de horas de atividades extra-curriculares! E pretendo enviar meu projeto de TCC pra Consufar da UEM amanhã ainda... será que dá?

E ainda tenho umas coisas em mente relacionadas com meu futuro profissional e isso tem me tirado um pouco do sono mentira! eu tenho insônia.

sábado, 25 de setembro de 2010

as dicas

Conforme prometido tenho algumas dicas pra dividir com vocês. Lembrando que nada é regra e que as coisas que eu escrevo aqui foram as coisas que funcionaram pra mim, ok?

Estou convivendo com a hérnia de disco já há 2 anos, tenho cometido erros e acertos. Ainda sinto dor às vezes, principalmente quando a noite é puxada e tenho muitas aulas no dia seguinte. Ainda se acontecem imprevistos e não consigo me exercitar/alongar meu corpo já reclama.

- Primeiro de tudo: sentiu uma dor esquisita ou muito forte? NÃO se entupa de remédios por conta própria. Vá ao médico o mais rápido possível, vá para o pronto-socorro se a dor for muito grande. Não adie porque pode ser pior.

- A automedicação consciente consiste em você tomar um analgésico/antiácido/antialérgico pra situações que você já conhece a reação do seu corpo ou situações esporádicas como uma dor de cabeça tensional ou má digestão, entendeu? Se seu corpo está reclamando é porque você fez alguma coisa que ele "se ressentiu" e está te lembrando de não cometer mais o mesmo erro.

- Antiinflamatórios/corticóides sem receita médica são um perigo! Você pode ficar mascarando uma situação mais grave e acabar com problemas maiores

- Procure um médico com quem você se dê bem e confie. Não se acertou com ele de primeira ou segunda? Troque de médico quantas vezes forem necessárias. A relação médico-paciente é muito importante para o bom desenvolvimento da sua recuperação. Se você sentir que o médico não valoriza o que você sente diga o que pensa, pergunte, questione. E nunca saia do consultório com dúvidas.

- Se seu médico, fisioterapeuta, pai-de-santo discordam entre eles da conduta a ser seguida para tratar você procure ver como VOCÊ se sente. Os remédios são desenvolvidos e testados pra uma média de pessoas e você pode não se encaixar nessa média. E encare o fato de que o tratamento que funciona pra uma pessoa pode não funcionar pra você. As pessoas são únicas e por esta razão, diferentes.

- Siga o tratamento (seja ele qual for) à risca. Como se fosse sua nova religião, respeite horários, restrições, recomendações. E sempre preste atenção ao que seu corpo está te dizendo.

- Aceite que mudanças irão fazer parte da sua vida a partir de agora, não pense que quando melhorar pode voltar ao antigo modo de vida. Lembre-se que foi justamente ele que te levou a ter esses problemas.

- Uso do colete: é extremamente controverso. Alguns profissionais apóiam enquanto outros abominam totalmente. Os meus médicos e a fisioterapeuta entraram em conflito quanto ao uso do colete e eu percebia que se usasse demais me faria mal mas se encarasse 12 horas de plantão mais 8 horas de faculdade sem algo que me corrigisse a postura eu acabaria tendo crises de novo. Então, como faz? Eu tento equilibrar as horas com colete e sem colete de maneira que no trabalho e na faculdade uso-o e em casa e em pequenas saídas eu fico sem. Ainda faço exercícios de fortalecimento dos músculos da barriga e das costas pra não ter atrofia muscular. E ainda tem o fator psicológico de proteção pois, se saio em lugares muito cheios ou ainda quando ando de ônibus, ele me protege contra esbarrões e impactos.

- Procure sempre virar de lado antes de levantar-se da cama. Durma com um pequeno travesseiro entre as pernas pra aliviar a tensão na coluna.

- Não use saltos muito altos por muito tempo.

- Mas também não use calçados totalmente rasteiros.

- Não carregue bolsa muito pesada.

- Não carregue peso à toa (eu fazia demais isso).

- O sobrepeso/obesidade prejudicam, sim, sua saúde. Estou aqui de prova. Paguei minha língua.

- Evite situações/pessoas que te estressam.

Nossa! São muitas coisas pra dividir mas acho que consegui escrever tudo. Espero que tenha sido útil :) Qualquer dúvida pode perguntar nos comentários!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

coluna, colete e dor (parte 4)

E assim 2009 começou pra mim: voltei ao trabalho depois da licença e fui tranferida para um outro turno. É o que eu faço ainda hoje: noite sim noite não das 19:00 às 07:00. Trabalho com o Nelson que é o melhor colega de trabalho do mundo!! Desde o primeiro dia não me deixa pegar peso, chama minha atenção se faço alguma estripulia e ainda me deixa estudar quando tenho provas. De verdade? Cansa. Muito. Ficar acordada à noite às vezes te deixa meio off, ainda mais se você tiver aula o dia inteiro. Depois junta o cansaço com uma irritação que não tem fim. Mas compensa, porque quando a aula acaba eu posso ir pra minha casa e é como se fosse folga. Tem dias mais tranquilos que dá pra descansar um pouco, às vezes eu não tenho todos os períodos de aula e posso ir pra casa.

Resumindo: eu consigo manter uma rotina menos insana, consigo fazer minha caminhada (nem sempre, mas ainda consigo). E o principal: não trabalho mais na companhia de gente traidora e invejosa. Esse foi o ponto crucial.

Eu também aprendi a ligar o foda-se, é um exercício diário mas que foi libertador. Ainda tenho muito o que aprender neste departamento mas posso dizer que a gente tem que aprender isso. Não adianta ser boazinha com as pessoas porque elas não vão fazer o mesmo por você. E isso é em qualquer departamento da sua vida, inclusive com a sua família.

Outra coisa que aprendi foi que temos que cuidar do nosso corpo de todas as maneiras. Você só tem ele não dá pra trocar, então cuide enquanto há tempo, cuide enquanto está tudo bem. Conserve-o, ele é seu maior bem. Coma direito, exercite-se, tente dormir bem, faça coisas que te deixem feliz.

O blog foi fundamental na minha recuperação, não só da coluna mas como pessoa. Eu me redescobri, revi conceitos e assim passei a me conhecer de novo. Nunca perca quem você é porque isso vai ser cobrado de você depois. Não esqueça quem você é. Penso que talvez esta seja a causa de depressão de muita gente. Por não me conhecer bem minha auto-estima era praticamente inexistente e eu vivia para contentar os outros.

E, finalmente, aprenda a ser feliz com quem você é. Faça as mudanças que julgar necessárias e tente se adaptar com aquilo que você tem. Preciso usar colete? Ok, vou usá-lo pois é pro meu bem, não reclamo dele (não muito!), não uso mais saltos, não abro mão de conforto pros calçados, pras roupas e pros lugares onde eu vou. Não cometo mais insanidades de ir em festas ou lugares em que não poderei me acomodar direito e tudo bem! Eu não vou morrer por isto. No ônibus, não me sento nunca no último banco, fico em pé se for preciso. É mais seguro. Não fico tempo demais na mesma posição, se necessário for assisto aula de pé andando de um lado pro outro (chega de vergonha inútil, né?), não pego peso meeeesmo, carrego no máximo 5 kg e só.

Amanhã sai mais um post com dicas de como entender seu médico (porque existiram conflitos entre as condutas do neuro, do ortopedista, da fisioterapeuta e do que EU me sentia bem fazendo), de como é importante encontrar um equilíbrio entre tudo o que nos dizem, e algumas dicas sobre saúde da sua coluna, automedicação consciente e mais algumas outras coisas. Se quiser deixar perguntas nos comentários elas são bem-vindas benvindas.

Até lá! #jornalnacionalfeelings

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

coluna, colete e dor (3)

Então eu estava em casa e sem trabalhar. Já fazia alguns anos que isso não acontecia. E eu sentia uma angústia muito grande por estar lá e não ter o que fazer. Eu estudava mas logo minha concentração ia embora por causa dos medicamentos pra dor. Mas se eu não os tomasse sentia muita dor. O que fazer?

Eu tinha me tornado uma pessoa completamente diferente. As coisas que eu gostava de fazer já não me agradavam mais. E eu me vi sem nenhum hobby, sem nenhum interesse e sem nenhuma personalidade. Parece exagero mas não é, quando você devota sua vida unicamente aos estudos e ao trabalho como eu estava fazendo uma parte de você se vai e você nem se dá conta disso. Porque comigo foi assim: saí formada da primeira faculdade atrás de trabalho, trabalhei, aí foi aquela loucura pra prestar concurso público, passei e entrei, depois veio a segunda faculdade e a loucura de conciliar tudo. Uma coisa se perdeu no meio do caminho: eu mesma

No finzinho do semestre eu acabei trancando 3 matérias, as 3 mais pesadas porque eu não aguentava ficar sentada assistindo as aulas e ia reprovar por falta (atestado de problema de coluna não tira falta). Terminei o semestre porque eu tenho amigos que me ajudaram de tudo quanto foi jeito. Mas a dor tava ali comigo, firme e forte. Não me largava nunca.
Em dezembro um dos meus médicos me sugeriu um bloqueio anestésico da coluna (do tipo peridural que se faz em grávida). Lá fui eu pro Centro Cirúrgico, primeira aplicação, não me lembro que dor era maior entre a da coluna e a da agulha dentro da coluna. Meio que acordei na sala de recuperação mas ainda tinha muito sono e não sentia minhas pernas mais, só que eu não sentia dor nenhuma! Fiquei ali sem dor nem sei quanto tempo, fazia quase 3 meses que eu não me via sem ela. Bem ao longe eu escutava um apito, apareceu um enfermeiro, depois outro, mais um veio e logo o anestesista apareceu e ficava chamando meu nome. Não entendia nada, eles ficavam chamando meu nome e batendo no meu peito. Aí eu compreendi que quem estava apitando era EU porque meus batimentos cardíacos foram diminuindo, diminuindo e eu me sentia sendo afastada de tudo aquilo bem devagar. Como se afundasse e tudo ia ficando bem escuro. Mas eles me medicaram e ficou tudo bem, aí eu "acordei". (Essa parte ficou muito dramática! hehehehehe)

Nas duas semanas subsequentes eu fiz mais 2 aplicações iguais e sem complicações. O objetivo era que eu parasse de tomar os controlados e o objetivo foi cumprido. Nesse meio tempo eu comecei este blog, minha irmã tem um também e eu achei que seria uma idéia pra preencher o meu tempo. Mas eu nem sabia como achar outros blogs e também não sabia sobre o que procurar. Por acaso, eu acabei encontrando um blog de dieta, e já que precisava emagrecer tipo pra ontem eu comecei a segui-lo e através dele fui encontrando outros e assim um depois do outro. Acho que com todo mundo é assim. E aos poucos eu fui me achando... me adaptando com o colete de Putti porque era dezembro e fazia muito calor, aprendendo a dormir de lado com um travesseiro no meio das pernas, a sempre virar de lado pra levantar, a abaixar dobrando os joelhos, a alongar todos os dias e fazer caminhadas todos os dias...

(continua mas tá acabando :D)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

coluna, colete e dor (parte 2)

Já no hospital eu fiz uma Ressonância Magnética e um Raio-X da coluna (conselho de amiga: nunca entre em uma máquina de ressonância magnética se você estiver enjoada(o), não é legal). Um outro ortopedista da equipe do novo médico foi me ver e disse que pela ressônancia era possível ver com mais detalhes o que estava acontecendo: o disco intervertebral estava pressionando minha medula espinhal por isso eu sentia tanta dor e tinha perda da sensibilidade. Ele disse que eu tinha sorte por ser jovem e que por isso com repouso, medicamentos e fisioterapia talvez eu conseguisse não precisar passar por uma cirurgia de coluna. Ele explicou que, apesar de todo o quadro, a cirurgia ainda é o último recurso pois os resultados muitas vezes não são bons.

Fiquei quase uma semana no hospital. Com meu pai e meu namorado se revezando pra ficar comigo, me dar banho, me fazer andar, me trocar, me levar no banheiro. Tomava 4 ampolas de corticóide na veia por dia, além dos controlados pra dor. No último dia eu já me sentia bem melhor mas o pé esquerdo nunca mais seria o mesmo. A parte boa disso é que ele (o pé!) é meu indicativo de crises até hoje, se ele fica estranho eu sei que tem alguma coisa errada ;)

No último dia os dois médicos foram no quarto e me deram um ultimato: você tem que mudar de vida!! Vamos te dar licença médica do trabalho, receitaremos medicamentos e fisioterapia mas você TEM que emagrecer e aprender a conviver com sua coluna e cuidar dela. Saí do hospital com a prescrição de mais corticóides por via oral e um colete horroroso!!! Todo de metal e enooorme...

Acontece que eu não era mais a mesma pessoa de antes. E estava muito perdida. Fui para o INSS e o médico de lá me deu 2 meses de licença médica. Acontece que eu também não sabia se ia continuar trabalhando, mas também não queria deixar todo custo da faculdade nas costas do meu pai. E assim começou o conflito do trabalho. E junto com ele o conflito interno com o meu peso.

Eu estava com 71kg!! Nunca tinha pesado tanto... Eu tenho 1,59 de altura! E a ansiedade de saber que precisava emagrecer (o "mudar de vida") junto com todos os medicamentos que eu tomava não ajudavam em nada. A fisioterapeuta que me tratava olhava meus exames e a cara dela dizia tudo. Eu estava por assim dizer... fodida.

Mas eu ainda tinha a faculdade pra terminar, decisões pra tomar e muitas coisas pra descobrir...

coluna, colete e dor (parte 1)

Atenção: post longo e pessoal que eu dividi em mais de uma parte. Mas veja pelo lado bom: tem um final feliz :D

Eu me lembro exatamente como tudo começou: 13 de setembro de 2008. Acordei com dor nas costas, mais precisamente na lombar. Era um sábado. Eu já estava tentando emagrecer e achei que era estresse stress?. Fiz uma aula de Pilates à tarde com um vídeo que achei na internet. Eu tinha tido uma reunião no trabalho no dia anterior e tinha sido muito tenso, porque depois de tudo o que foi dito ainda precisei ficar lá dentro com 3 "cobras" por mais 7 horas. E eu tenho certeza que tudo começou ali. Minhas provas começavam na segunda seguinte.
Continuei com a dor na lombar por mais duas semanas, tomava medicamentos pra ir suportando a dor. Passei dos analgésicos para os antiinflamatórios em poucos dias.

Em um mesmo dia cheguei a tomar 12 comprimidos entre paracetamol, ibuprofeno e piroxicam. E além da dor nas costas já sentia dor de estômago. Acabei indo parar em um massagista que me estalou inteira e fiquei 2(!) horas sem dor, depois ela voltou como se nada tivesse acontecido. Na última sexta-feira de setembro (dia da última prova) eu já estava andando curvada pra frente, sentia dor pra respirar, ao espirrar e pra ir ao banheiro. Marquei com um ortopedista que só tinha consulta pra semana seguinte. Mantive minha rotina louca: saía de casa às 7 da manhã e chegava meia-noite (todos os dias).

Na semana da consulta com o ortopedista eu sentia um formigamento esquisito nas panturrilhas. Eu pensava que podiam ser varizes (?!?) ou estresse porque o ambiente de trabalho tinha se tornado um campo de guerra e o clima era horrível. Quando finalmente consegui ir no ortopedista eu já tinha melhorado um pouco, não sentia tantas dores e o formigamento tinha melhorado. Ele pediu uma tomografia e me indicou acupuntura também, que comecei a fazer naquela mesma semana.

Eu não sabia nada sobre hérnia de disco. Uma colega de trabalho tinha sido operada do mesmo problema mas eu nunca tinha lido nada mais a fundo sobre o assunto. Só que com o diagnóstico nada foi resolvido, nem com a acupuntura. E eu só ia piorando, não conseguia ir ao banheiro mais, nem respirar direito eu conseguia. Tossir ou espirrar estava fora de cogitação e nesse ponto eu não sentia mais as pontinhas dos dedos do pé esquerdo. Fui ficando apavorada e com cada vez mais dor. O médico me deu uma semana de licença de tudo e me medicou com um analgésico controlado. Resultado: passei uma semana em casa como um zumbi mas não sentia mais dor. Mas no primeiro dia da volta às minhas atividades já senti dores fortíssimas. Daquelas dores que te causam até náuseas.

A partir daí as coisas ficaram confusas na minha cabeça e eu perdi um pouco da cronologia de tudo. Tomava 6 comprimidos dos controlados por dia, vivia enjoada e fora do ar. E numa segunda-feira em novembro eu sentia muita, muita, muita dor e lembro que me levantei pra ir da biblioteca da faculdade até o meu bloco pra fazer prova e no meio do caminho eu não sentia o pé esquerdo inteiro e metade da perna esquerda (dor do tipo "meia", é como se você calçasse uma meia de dor). Me levaram pro hospital e lá me medicaram... esperei meu pai que me levou a um outro médico pra uma segunda opinião que na hora que me viu e me examinou já me diagnosticou com Síndrome da Cauda Equina. A sensibilidade estava comprometida até na virilha. Do consultório médico voltei pro hospital pra ser internada.

(continua)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

opinião

Opinião é aquela coisa... cada um tem a sua, certo? Não, eu não vou fazer um post polêmico :) Só quero saber se a fonte nova ficou boa. Hehehehe

Volto quando minhas provas acabarem. Ainda faltam 3: controle de qualidade, hematologia clínica e supervisão de produção. Fora isso ainda tenho casos clínicos do estágio (brincando de House com pacientes de papel adoro) e escrever o artigo pro congresso de iniciação científica da FIO.

Diante disso tudo só tenho uma coisa a declarar: eu quero que chegue 20 de dezembro logo, pode ser? Eu reclamo mas eu gosto dessa vida de pressão e correria, rá

sábado, 11 de setembro de 2010

crianças e fantasias

Quando eu era bem mais nova achava que nunca me casaria porque nunca encontraria o cara certo (filha de pais separados, oi?). Mas tinha uma vontade imensa de gerar uma criança, uma só. E durante muito tempo isso permaneceu comigo e eu até evitava pensar nisso porque né... nem era hora. Mas aí eu conheci o respectivo (ele não gosta de ser chamado assim) e algumas coisas mudaram. E hoje eu acredito que seja mais esposa do que mãe talvez porque o desejo de maternidade tenha sido satisfeito por muitos "filhos" situacionais (existe essa palavra?). E também porque hoje eu me conheço muito mais do que me conhecia aos 13 e sei dos meus defeitos.

No quesito maternindade ainda existe um desejo especialmente quando vejo crianças espertas e educadas ou ainda quando penso nas partes boas de ser mãe. Mas hoje eu sei como a vida é. Sei que a maior parte do tempo ela não é muito divertida e que o tempo propriamente dito é escasso. E penso em tanta coisa que pode dar errado (tenho visto demais isso) e tenho também uma teoria sobre a ativação de um gene de loucura em mulheres que se tornam mães (um dia eu conto sobre essa teoria, não tô com vontade de ser apedrejada hoje, rá). Hoje eu vi um menino vestido de Batman junto com sua mãe e pensei que se um dia tivesse um filho eu sempre permitiria que ele usasse fantasias mesmo sem ser nenhuma ocasião, eu seria este tipo de mãe...

Em se tratando de casamento... todo dia eu aprendo algo novo sobre a convivência com outra pessoa. Às vezes é um aprendizado bom e outras vezes nem tanto, mas com certeza os bons superam os não tão bons. E isso reforça minha porção esposa que com certeza está muito ligada à minha porção mulher que hoje sobrepoem minha porção filha.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

minha melhor amiga e minha melhor irmã

Às vezes eu tenho este hiato de inspiração. Normalmente ocorre quando estou chateada com alguma coisa ou quando algo me incomoda tanto a ponto de não conseguir pensar em outra coisa. Então eu sento na frente do computador e tento escrever aí... não sai nada que preste ou nada que interesse a outras pessoas.
Nessas horas eu penso no quanto a minha irmã me faz falta e posts sobre ela são uma constante aqui. Outras vezes apenas fico lembrando das coisas que vivemos juntas e dá aquela saudade dolorida de quem não se vê há um bom tempo.

No último sábado fui à Riachuelo pagar meu boleto e aproveitei pra dar uma olhada nas roupas e aconteceu algo que sempre acontece quando vou lá: todas as roupas parecem feitas pra ela. Sem exceção, blusas com estampas engraçadas e all-star wannabes que ela adoraria. Eu acabei desistindo do empreendimento quando vi que ia dar outro bafão dentro da loja (uma vez eu chorei dentro de uma Pernambucanas, mas deêm um desconto porque era natal, ok?).

Então que depois de um ano e meio eu estava indo encontrar minha melhor amiga. Ela pediu tranferência pra uma faculdade em Maringá. E foi muito bom! Passamos quase todo o dia do sábado juntas conversando e "realinhando" nossos mundos. E é estranho depois de tanto tempo lembrar de quando nos conhecemos, dos "perrengues", das risadas e das lágrimas. Minha definição de amizade é assim: amizade de verdade é aquela que, mesmo quando você não vê a pessoa há muito tempo, quando a encontra é como vocês tivessem estado juntas no dia anterior. E com a Nádia é sempre assim, o tempo parece pouco pra matar tanta saudade e todos os dias eu desejo que as coisas pudessem ser diferentes e que ainda pudéssemos ter a sorte de estar juntas diariamente.



E ainda, fugindo totalmente do assunto deste post, neste feriado faz um ano da viagem incrível que eu e o namorado fizemos. Que saudade...

Ficamos todos então combinados de que nostalgia é meu nome do meio?